Privacidade é liberdade?
Bourne é uma série que, mesmo após três (quatro) filmes, tem o que contar, pois nunca sabemos de fato quem é Jason Bourne e de onde ele veio.
Precedido por A Identidade Bourne (2002), A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007), Jason Bourne retoma a parceria entre Paul Greengrass, Matt Damon e Julia Stiles, onde, vivendo nas sombras como lutador de rua, Bourne (Damon) é encontrado por Nicky (Stiles) que lhe entrega informações sobre seu passado.
O Ultimato Bourne deixou duas grandes perguntas sem resposta. Mas, em Jason Bourne, apenas uma delas é respondida. O longa é intrigante e envolvente, com ótimas cenas de ação e atuações, mas as semelhanças e, especialmente, as repetições com os filmes anteriores, o tornam, em determinados momentos, cansativo.
A inclusão de diversos personagens e assuntos envolvendo a era pós-Snowden acaba criando uma teia, que pode vir a ser desenvolvida em uma futura sequência, pois, mais uma vez, Paul Greengrass deixa perguntas em aberto para um próximo filme.
Foi como se os nove anos em que Matt Damon interpretou Bourne pela última vez, nunca tivessem existido. Ele retoma o papel como se nunca o tivesse abandonado. Julia Stiles é uma atriz que merecia mais destaque, especialmente nesse filme, mas que mesmo assim, entregou uma boa atuação. Alicia Vikander, a nova figura feminina na CIA, relembrou o porque de ter sido indicada ao Globo de Ouro 2016 em dois papéis distintos.
Título original: Jason Bourne
Diretor: Paul Greengrass
Ano: 2016
Duração: 2h e 03 min
Distribuidor: Universal Pictures Brasil
Elenco: Matt Damon, Julia Stiles, Alicia Vikander, Vincent Cassel, Tommy Lee Jones