“Who run the world? Girls!”
Mulher é sensível, sim. Mas, quem foi que disse que homem não chora? Não acreditem no Pablo!
Operações Especiais conta a história de Francis (Cleo Pires), uma recepcionista de hotel formada em turismo que entra para a polícia civil. No início, é apenas trabalho burocrático, mas, então, ela é enviada para o trabalho de campo (leia-se operações militares). Além disso, Francis precisa lidar com a descrença dos policiais masculinos, afinal ela é a única mulher na equipe.
Eis um dos melhores filmes do ano, e nacional, sem dúvida. A direção de Tomás Portella é notável, especialmente nas cenas de ação/campo, e coerente, captando as emoções e percepções da personagem principal. O roteiro é bem desenvolvido, porém é meramente impossível um filme que aborda militarismo, política e segurança pública ser cem porcento realista. Mas, isso não significa que seja mentiroso. Pelo contrário, existem situações altamente identificáveis com a realidade. Além disso, os diálogos e a cena final são outros pontos a serem ressaltado. Entretanto, um fato que soou meramente racista é o por que do policial negro precisar fingir ser o bandido. Isso significa que não existe bandido branco?!
O elenco encontra-se muito bem em cena, porém Cleo Pires merece notoriedade por representar – muito bem, diga-se de passagem – e dar voz ao público feminino, mostrando que mulher não deve ser subestimada. A Marcos Caruso cabe o personagem (delegado) Paulo Fróes, ser responsável pelas melhores réplicas.
O longa-metragem é embalado pela música “Teto de Vidro”, da Pitty, cuja letra condiz perfeitamente.
Título original: Operações Especiais
Diretor: Tomás Portella
Ano: 2015
Duração: 90 min
Distribuidor: Paris Filmes/Downtown Filmes
Elenco: Cleo Pires, Marcos Caruso, Fabricio Bolivieira, Thiago Martins, Fabiula Nascimento