E o cinema argentino continua surpreendendo.
Anteriormente com O Segredo dos Seus Olhos (2009), Relatos Selvagens (2014) e, agora, O Clã.
Baseado em uma história real, o longa dirigido por Pablo Trapero narra a vida dos Puccio, uma família que durante o período da ditadura na Argentina e, a transição para a democracia, sequestrou e matou diversas pessoas com situação financeira elevada. A direção de Trapero conta com notáveis planos-sequência, especialmente na cena final, que é o ápice do longa. (Sério. Estou boquiaberta até agora) Isso reforçado pelo roteiro bem-desenvolvido, envolvente e inaceitável, pois, em determinado momento, você torcerá para os Puccio, mas, então, lembrará que eles são os vilões.
Arquimedes Puccio é o líder frio e “atencioso” da família e dos sequestros, interpretado maravilhosamente por Guillermo Francella. Alejandro “Alex” Puccio é o braço direito do pai. Ele é interpretado pelo ex-Quase Anjos (uma maravilhosa novela argentina) Peter Lanzani, protagonista da clássica cena final, que também encontra-se admiravelmente bem no papel.
A trilha sonora é uma notabilidade à parte. Além de canções que evoluem ao longo do filme, músicas e sons ambientes, como gritos e gemidos, são mesclados, criando algo horrivelmente maravilhoso.
Título original: El Clan
Diretor: Pablo Trapero
Ano: 2015
Duração: 110 min
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Elenco: Guillermo Francella, Peter Lanzani, Lili Popovich, Gastón Cocchiarale, Antonia Bengoechea, Giselle Motta, Franco Masini