“Bom dia, abajur. Bom dia, planta. Bom dia, cobra de ovo. Bom dia, tapete. Bom dia, guarda-roupa. Bom dia, TV. Bom dia, pia. Bom dia, vaso sanitário. Bom dia, todo mundo.”
Baseado no livro “Quarto”, de Emma Donoghue, que também assina o roteiro do longa, O Quarto de Jack conta a história de Jack (Jacob Tremblay) e sua mãe, cujo nome verdadeiro é Joy (Brie Larson), que são mantidos em cativeiro (quarto) pelo Velho Nick (Sean Bridgers). Entretanto, o “quarto” é o único ambiente conhecido por Jack.
O longa, que aborda assuntos como abuso, sequestro e depressão, é retratado sob o ponto de vista de um menino de cinco anos. Tais temas adultos não são suavizados levando em conta a idade do garoto, mas contados sob uma diferente e singela perspectiva. No entanto, há determinadas situações no longa que não são exploradas, talvez por não ser de alcance da criança. Por exemplo, a relação de Joy com seu pai.
Alguns dias atrás, tomei conhecimento de um comentário que dizia “Jacob Tremblay carrega o filme nas costas”, o que é notoriamente verdade. Brie Larson é mera coadjuvante ao lado do protagonista Tremblay. A relação e química entre os dois é tão palpável e verdadeira, quanto a de Jack com a avó (Joan Allen).
P.s. conheço pessoas que não choraram ao assistir “O Quarto de Jack”, mas, por via das dúvidas, tenha uma caixa de lenços por perto.
Nota: 3,5/5
Título original: Room
Diretor: Lenny Abrahamson
Ano: 2016
Duração: 118 min
Distribuidor: Universal Pictures Brasil
Elenco: Brie Larson, Jacob Tremblay, Sean Bridgers, Tom McCamus, Joan Allen, William H. Macy